Estou em crise.
Escrevo pensando em mim ou escrevo pensando no público?
Escrevo o que desejo ou o que acho que é vendável?
Ainda estou meio sem pé, nadando à esmo e vindo morrer na praia. Comecei um livro e não sei se continuo...
Não quero cair na mesmice. Mas não quero ser uma pseudo intelectual que acha que porque sabe muito, pode tudo e, só por isso, é genial.
Escrevo o que a maioria gostaria de ler ou o que eu gostaria de contar?
Mas o que eu gostaria de dizer é interessante para alguém, além de mim mesma?
Porque essa presunção de achar que o que se escreve tem que ser excelente, digno de prêmio?
Mas, não, não quero ser mediana...De medíocres o céu está cheio...e eu vou para o inferno...se ele existisse, com certeza eu iria para lá.. Aliás, lá deveria ser muito mais divertido, apesar de eu detestar calor, mas enfim, lá se pode gargalhar, contar piadas, falar palavrão, tomar caipirinha!
Não, não mereço o céu, e nem gostaria de ficar ao lado daqueles santos com cara de bobos, todos brancos, de faces coradas, louros e de olhos azuis...No céu venceu a teoria hitlerista da pureza da raça!
No inferno, não...lá deve ser uma mistura danada (rsrs) de boa, de gente de todas as raças e cores, dançando em volta (e dentro) das fogueiras...Churrasco, franguinho no espeto...hummmm.
Como podem notar comecei falando de uma coisa e vim parar no meio do inferno...pensando bem...calor, gente de todas as raças, mistura, caipirinha, calor infernal, gargalhadas, piadas obscenas...Vem cá, o inferno não é o Brasil, não? Então, já estou no lugar certo...vai ver já morri e não sei...
Enquanto isso, eu continuo sem saber se escrevo para as massas ou para a elite intelectual e culta.
Acho melhor eu ir dormir. Quem sabe assim, essa ressaca passe até amanhã?
Irrcc...
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sábado, 16 de julho de 2011
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Meu Lugar de Escrever II
É aqui onde fico a maior parte do dia...
Com muitos dos meus livros em volta, minha coleção de canecas e, sempre que posso, encho o ambiente de flores...Essas rosas meu filho trouxe ontem para mim.
Amo flores e gosto de colocar algumas em todos os cantinhos...
Passo muitas horas escrevendo, por isso procuro fazer do meu lugar um canto aconchegante e perfumado. Há sempre uma essência, seja de alfazema, laranja ou rosmarinum, no aromatizador, que eu mesma pintei...
Canecas, canecas e mais canecas...Adoro! As duas das pontas são de Portugal. Procuro sempre comprar canecas aonde quer que eu vá. E os amigos costumam presentear-me também, quando viajam.
Aqui, neste lugar de paredes de tijolos, eu choro, rio, me emociono, me angustio. Aqui sou tomada, muitas vezes, pela dor mas também pela alegria de poder colocar em palavras tudo o que sinto.
Enfim, aqui é onde a inspiração vem, na maior parte das vezes à noite, bem tarde, quando a casa mergulha num silêncio que diz tudo...Gosto de escrever de madrugada, quando meus outros eus vêm à tona e me sussurram o que preciso ouvir.
E como têm me sussurrado ultimamente....................................
" Quando de teus bens mortais
fores privado,
E de tua farta despensa
só restarem 2 pães,
venda um, e, com o dinheiro,
compre jacintos,
para alimentares a alma."
Poema Persa
Isso é o que tenho feito ultimamente, alimentar minha alma...
Aqui, neste lugar de paredes de tijolos, eu choro, rio, me emociono, me angustio. Aqui sou tomada, muitas vezes, pela dor mas também pela alegria de poder colocar em palavras tudo o que sinto.
Enfim, aqui é onde a inspiração vem, na maior parte das vezes à noite, bem tarde, quando a casa mergulha num silêncio que diz tudo...Gosto de escrever de madrugada, quando meus outros eus vêm à tona e me sussurram o que preciso ouvir.
E como têm me sussurrado ultimamente....................................
" Quando de teus bens mortais
fores privado,
E de tua farta despensa
só restarem 2 pães,
venda um, e, com o dinheiro,
compre jacintos,
para alimentares a alma."
Poema Persa
Isso é o que tenho feito ultimamente, alimentar minha alma...
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Meu Pai e Eu...2a. Parte
Ontem fiquei muito mexida depois de ter escrito o post sobre meu pai e a caneta Parker, que, não sei porque acabou vindo parar em minhas mãos. Tenho um irmão mais velho, que inclusive tem o seu nome. Porque não ficou com ele?
Tenho uma irmã mais velha que era muito ligada ao meu pai. Porque não ficou com ela?
Não sei porque, sinceramente, essa caneta ficou comigo. Se foi minha mãe que me deu. Se eu peguei e fiquei com ela.
Não me recordo mais.
Mas ontem, depois do almoço, e com 3 taças de vinho Chianti na cabeça, fui tomar banho e, enquanto a água quente caía sobre mim, tive uma espécie de "revelação" causada, talvez pelo álcool, ou pela emoção.
Fiquei pensando que meu pai vive em mim...Não como uma reencarnação, não é isso, mas um pedaço dele ainda está em mim e aquela caneta, mesmo velhinha, com o dourado descascado pelo uso, me fez pensar sobre o quanto de nossos antepassados carregamos conosco.
Meu pai tinha uma escrita brilhante. Escrevia muito bem porque leu muito. Sua caligrafia era primorosa.
E sua caneta, tão usada e gasta, com vestígios da tinta azul turquesa que tanto gostava, quis o destino, que viesse parar em minhas mãos.
Durante o banho, refleti sobre isso. E o romance de ficção, baseado em fatos reais que estou escrevendo agora, me fez ter a certeza que não só meu pai, mas todos os meus ancestrais vivem em mim.
Pode ser que através de minhas mãos eles estejam querendo contar uma parte da estória de nossa família. Pode ser que eu seja o instrumento, a mão que escreve, com uma caneta que pertenceu a meu pai, um pedaço de uma estória que estava esquecida por todos.
Senti, com a água quente descendo em meu corpo, que eu sou todos eles. Tenho todos eles em mim.
Não recuperarei a caneta, como pensei inicialmente.
Vou usá-la assim, gasta, com as digitais de meu pai impressas nela.
Que a parte dele que há em mim me dê a força que preciso para lutar por meu sonho. Que através da força e da coragem de meus ancestrais eu encontre o tesouro que tanto desejo, no final desse arco íris que vislumbro daqui.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Psiu...Escritora Trabalhando...
Comecei meu segundo projeto...
E ele demanda tempo, pesquisa e muita concentração.
Peço que me perdoem, mas vou ficar até sexta feira enclausurada, escrevendo.
Não reparem não, mas quando "baixa" o espírito escrevinhador eu tenho que sossegar meu periquito verde e aceitar que tenho que focar. Eu adoro blogar mas me toma muito tempo. Agora então, com a blogagem coletiva, fico o dia todo visitando os blogs e às sextas vai ser impossível escrever.
Então, até sexta, o dia dos DESEJOS!
Beijos!
sábado, 31 de julho de 2010
Meu Lugar de Escrever
A Luma do blog Luz de Luma fez um post ótimo sobre os "cantinhos dos escritores" e disse que tinha curiosidade em saber onde as pessoas escreviam...Inspirada por ela, resolvi mostrar meu lugar.
Esse é o lugar onde passo a maior do meu dia, entre o aspirador de pó, o fogão, a máquina de lavar roupas e o varal.
Dublê de dona de casa e escritora...fazer o que?
Mas é aqui, onde dedilho meu "piano" compondo minhas ideias, recebendo minhas inspirações da vida e da natureza à minha volta.
Escrevendo no blog, respondendo aos comentários, pesquisando...enfim, aqui é o meu lugar de criar!
É tudo bem bagunçado mesmo, pois eu sou uma virginiana, com ascendente em leão e lua em câncer (que, agora eu sei, graças à minha querida amiga Izabel Viegas). Virginianos são organizados, meticulosos e detestam bagunça. Pois eu, sou justo o contrário: bagunceira e desorganizada. Mas se não mexerem na minha bagunça, eu acho tudo e sei onde coloquei qualquer coisa que "guardei".
Tem papel pra todo lado. Livros, jornais, poemas já impressos, livros em andamento, enfim, um caos, mas nesse caos, sei onde está tudo. Eu me acho e me encontro comigo mesma nesse canto da casa.
E é essa a jabuticabeira que vejo da janela do escritório, que não dá jabuticabas, mas dá micos em profusão. Micos leão da cara dourada e saguis, aos montes. Ficam dali, me olhando e me chamando pra que eu coloque bananas para eles. E, haja bananas! São dúzias, toda semana!
Atrás da jabuticabeira, tem um morro e lá em cima, fica a Reserva Florestal, que é o fundo do meu quintal.
Essas são as outras duas janelas, de onde se pode ver meus limoeiros e um pouco da pitangueira. A foto está ruim, mas já dá pra sentir que vivo cercada de verde, não dá?
Daqui eu ouço os passarinhos cantando, os mais lindos sabiás laranjeira, canários, bicos de lacre, que já citei em outros posts. Agora mesmo, tem um canarinho da terra pousado na jabuticabeira e cantando como ele só...
Olhem ele aí, comendo a canjiquinha amarela que boto pra eles...E uma coisa curiosa do canário da terra: ele anda sempre com a mulherzinha dele, que é mais feinha, mais esverdeada. Só andam em par. Ele vem primeiro, depois chama a fêmea, e aí, com toda a segurança, ela vem comer também. Eles cantam lindamente, num canto dobrado.
Por isso, fico doente quando vejo passarinho ou qualquer outro animal silvestre preso em gaiolas. Não posso ver que me dói demais o coração. Não sei como tem gente que sente prazer em tê-los em gaiolas, confinados num cubículo, sem poder voar.
A beleza desse lugar onde moro me dá o privilégio de vê-los assim, livres, no seu habitat.
E eis a trepadeira da área da piscina em toda a sua magnificência!
Ela está lotada de flores, beija flores e borboletas. Abelhinhas, daquelas pequenas, que não mordem e meus cachorros entram em casa cheios de florinhas vermelhas enfeitando seus pelos brancos e, de quebra, ainda vêm com umas abelhinhas grudadas no pelo deles, que eu tiro com todo o cuidado, para não matá-las.
Olhem lá o bundão da Cléo olhando pro cachorro do vizinho, lá no canto esquerdo!
Pois os três entram ali, xeretando o cachorro do lado, que eles detestam e saem dali debaixo, todos floridos e abelhudos...hehe. Eles me divertem!
É por isso que não tenho medo de bichos como a maioria das pessoas. Tem barata? Eu mato. Besouro? Tiro com uma caixa e solto lá fora...abelhas, também. Até aranha eu salvo! Cobras? Idem. Já contei aqui minhas estórias com cobras.
Só mato barata porque é nojento, anda no lixo e ratos, se for ratazana de esgoto, mas esses, que são raros por aqui, quem mata são os moços que trabalham no lugar onde moro.
Eu não mato nada. Porque sou eu a invasora. Se der pra pegar vivo e soltar em outro lugar ou lá fora, eu pego e solto.
Não sou de dar ataques com morcego, bichos voadores, desses que vem da mata...se eu fosse assim, era melhor morar em outro canto, num apartamento na cidade grande, porque aqui tem bichinhos demais.
E, nas noites de frio, com tudo apagado poder ver os vagalumes na escuridão da mata? É um prazer indescritível...Se bem que quase não tem mais...Quando vim morar aqui há mais de 20 anos, tinha muitos vagalumes na mata...Hoje em dia, só de vez em quando é que os vejo...Uma pena...
Me digam se não tenho que ter muita inspiração com toda essa paz e beleza em volta de mim?
Bem, agora que já contei tudo o que vejo da janela do meu lugar, com licença que preciso voltar a escrever.
Foi um prazer tê-los comigo nesse tour pelos meus domínios.
Aceitam agora um café com bolo?
sábado, 17 de julho de 2010
No Meio Do Temporal.
Ontem eu estava sozinha em casa quando o temporal começou.
Como moro no meio da Mata Atlântica, temporais aqui são de dar medo, pois o barulho que o vento faz nas árvores, curvando-as até seu limite, dá a impressão que irão se partir a qualquer momento.
O vento uivava, eu, sentada em frente ao computador, escrevia. Escureceu, ficou noite e o temporal, cada vez mais forte, batia as janelas e portas.
Eu, alheia à tudo, só pensava que a luz iria apagar a qualquer momento e tratava de salvar a todo minuto o que ia escrevendo.
Aqui, falta luz por qualquer ventinho e já ficamos mais de 24 hs sem luz algumas vezes.
Pois ontem não. Parecia que tudo conspirava a meu favor.
De repente eu senti uma onda de inspiração me invadindo, não conseguia parar de dedilhar o teclado, como se fosse meu piano e eu um compositor, recebendo os acordes de minha obra prima.
Escrevia, errava, voltava, meu dedo escorregava para as maiúsculas, comia letras, na ânsia, na sofreguidão de escrever o que vinha na minha cabeça.
A tempestade acontecia lá fora e dentro de mim.
Poucas vezes, nesses 21 anos em que moro aqui, vi um temporal tão forte sem que faltasse luz.
Quando terminei de escrever comecei a chorar, tal a intensidade do que senti e coloquei para fora.
Quando vi, tinha terminado meu livro. Aquela era a última página.
Foi uma experiência tão alucinante, que nem sei como descrevê-la com exatidão.
Acho que quem se droga deve sentir isso.
Quando meu marido chegou, eu li para ele e aos prantos disse que aquele era o final de meu livro.
Fiquei tão emocionada que ele, com lágrimas nos olhos, me abraçou e me disse: meu amor, está lindo demais.
Depois dessa emoção toda, tinha que contar para vocês.
Agora, aguardaremos os próximos capítulos.
Minha estrela agora, brilha mais forte que nunca e eu já sinto borboletas voando em volta de mim.
sexta-feira, 16 de julho de 2010
A Escrita
Escrever para mim tem sido uma catarse, uma verdadeira terapia.
Sei que tenho capacidade e com a força que todos os meus amigos tem me dado, gente que nem me conhece bem e vem aqui me dar um empurrão ou simplesmente me estender a mão e oferecer seu abraço, vou captando energias boas.
O grande problema para mim não é escrever, é como achar alguma editora que queira meus escritos.
Participar de concursos, isso já estou fazendo. Mas isso demanda tempo, alguns deles, só darão o resultado no ano que vem. E eu não posso esperar. Não mais.
Sinto que meu momento é agora.
Já não sou mais jovem que possa me dar ao luxo de esperar... Meu tempo agora é curto. Metade da minha vida já se foi.
Sei que o mercado editorial visa o lucro, as grandes editoras querem livros que vendam, pouco importando seu conteúdo, se são bem escritos ou não. Fala do que as pessoas comuns querem ouvir? Então está ótimo, é isso aí! E publicam.
Quantos e quantos livros de autores medíocres vemos por aí, sendo lançados aos milhares, vendendo feito água no deserto.
Não quero ser arrogante nem dizer que sou a bambambã, mas sei que escrevo bem, que estou acima da média, mas e daí?
Alguém quer saber disso?
O Brasil ainda engatinha no mercado editorial. Poesia aqui não vende. Conto aqui não vende, crônica muito menos.
Na Europa tem mercado para todo tipo de literatura, desde que seja boa.
Mas também, estou querendo muito. Num país com zilhões de analfabetos ou analfabetos funcionais, com uma percentagem pequena de pessoas com nível superior ou com alguma formação acadêmica de qualidade, fico querendo que gostem e apreciem os livros e a literatura?
Infelizmente nasci aqui, vivo aqui. Então é aqui que tenho que lutar por meus ideais.
A esperança vem e vai. Ao mesmo tempo que acho que vou conseguir, às vezes me dá um desânimo danado...
Mas vou seguindo. Pelo menos, escrevendo, vou fazendo minha terapia.
E sei que aí, do outro lado, há leitores e amigos que me admiram.
Grande beijo gente! Vou lá pro meu livro agora, o tempo não dá trégua!
E mais uma vez, vejo uma luzinha de esperança piscando pra mim!
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Portas E Janelas.
Criança ainda, quando saía de carro com meu pai, me distraía olhando janelas e imaginando as estórias que aconteciam dentro delas...via as luzes acesas, às vezes uma pessoa à janela, solitária, fumando....em outras, alguém passava lá dentro e eu vislumbrava um rosto ou um pedaço de vestido...ficava divagando, construíndo, na minha imaginação, uma estorinha diferente para cada janela acesa que eu via passar...
Meu olhar sempre teve atração por portas e janelas...cada uma contava seu enredo para mim...alguns dramáticos, outros suaves...e eu, olhando...Meu olhar bisbilhoteiro, ávido por estórias de vida...mesmo criança, bem pequena, sabia que por trás de cada janela, havia uma família, uma pessoa, uma vida totalmente diversa da minha...e como eu adorava aquilo!
Imaginar cada um vivendo sua vida, com festas, luzes, às vezes tristezas...para mim, parecia um teatro e eu, a espectadora muda, sorvendo a vida alheia, através de uma réstia de luz...
Paredes envelhecidas ou novas...madeiras reluzentes, pintadas de novo ou encarquilhadas pela chuva e pelo sol...a mim, não me importa.
Cresci e minha paixão por portas e janelas continuou...e as fui fotografando pelos lugares onde andei...Uma porta art déco, uma janela com sacada de azulejos, um puxador de ferro, uma outra, de madeira ancestral, pesada e escura...
Sabia, inconscientemente, que atrás de cada uma havia Vida. E eu, tal qual um vampiro, me deliciava ante as possibilidades.
Voyeur, mas voyeur de nada, pois eu nada via...só imaginava o que haveria por detrás delas...
Que segredos não revelados cada uma escondia? Traições, paixões, amores secretos ou uma vida comum?
Que segredos não revelados cada uma escondia? Traições, paixões, amores secretos ou uma vida comum?
Lisboa, Sintra... tantas portas e janelas cheias de mistério povoando minha imaginação de personagens Queirosianos...
Que segredos guardariam?
Quem moraria ali?
Estariam abandonadas?
Quem moraria ali?
Estariam abandonadas?
Em algumas, tive vontade de bater, apertar o botão da campainha..em outras, senti medo da antiguidade de seus entalhes...da madeira vetusta e escurecida, marcada por anos, talvez séculos de história.
Paredes envelhecidas ou novas...madeiras reluzentes, pintadas de novo ou encarquilhadas pela chuva e pelo sol...a mim, não me importa.
Só me interesso por elas porque guardam algo que não sei.
Olho para elas porque escondem coisas que não vejo.
Rústicas ou luxuosas, decadentes ou novas...cada uma guarda em si um tesouro oculto.
Estórias de fantasmas e de vivos...
Ricos, pobres, classe média...almoços em família, jantares de noivados, solidões compartilhadas...personagens de um livro que venho escrevendo desde sempre, apenas na imaginação.
Enquanto penso na opressão de quem vive lá dentro, fechado ao meu olhar, concluo que minha fascinação por essas aberturas que se mantém fechadas para mim, são apenas meu anseio por libertar, através das palavras que um dia irei escrever, as almas encarceradas que vivem, não lá, mas aqui, dentro de mim.
A liberdade me espreita em cada vão, pois, ao se abrir uma porta ou uma janela, ganha-se o mundo...e eu só terei essa liberdade suprema, no dia em que conseguir escrever, eu mesma, as páginas do livro que carrego em mim, desde que nasci.
P.S. Todas as fotos são minhas e foram tiradas em Lisboa e Sintra.
A liberdade me espreita em cada vão, pois, ao se abrir uma porta ou uma janela, ganha-se o mundo...e eu só terei essa liberdade suprema, no dia em que conseguir escrever, eu mesma, as páginas do livro que carrego em mim, desde que nasci.
P.S. Todas as fotos são minhas e foram tiradas em Lisboa e Sintra.
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