Dia 10 de setembro, no próximo sábado, meu amigo Rodolfo do blog Sete Ramos de Oliveira estará lançando seu primeiro e tão esperado livro, no Shopping Ilha Plaza, das 14 às 18 hs. Convite aqui.
Infelizmente não poderei estar presente, mas gostaria de convidar à todos os amigos e leitores para conhecer, não só a obra, O Outro Nome da Rosa, mas também a este homem inteligente, espirituoso e com o dom da escrita que é o Rodolfo, admirado por todos os que o conhecem ou o conheceram de perto, como eu!
Boa Sorte, amigo Rodolfo! Que os Deuses da Escrita te iluminem e continuem a te abençoar com este dom maior!
Sucesso! Quando fizer o lançamento em Niterói, estarei lá, na fila de autógrafos!
Beijo grande!
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quinta-feira, 8 de setembro de 2011
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Café com Flores Para os Meus Amigos
Hoje estou em dois blogs: no da Elaine Gaspareto do Um Pouco de Mim e no da Jussara do Palavras Vagabundas. Num, respondo à perguntas sobre o meu livro, noutro comemoro com a Ju o aniversário do seu blog e o amor pelos livros, que ela compartilha comigo.
Fiquei embevecida com os comentários, com o carinho e com o incentivo dos amigos e de pessoas que nem conhecia e que foram deixar seus depoimentos nos dois blogs.
Hoje as orquídeas aqui de casa estão repletas de flores. Algumas nunca haviam florido e estão cheias de botões e flores lilases. Talvez estejam comemorando comigo, mostrando a sua beleza em forma de pétalas, as alegrias e presentes que tenho tido através do meu blog e do meu livro.
Agradeço, enternecida, tanto carinho e amizade.
Café com Flores pra todos vocês!
Beijos,
Fiquei embevecida com os comentários, com o carinho e com o incentivo dos amigos e de pessoas que nem conhecia e que foram deixar seus depoimentos nos dois blogs.
Hoje as orquídeas aqui de casa estão repletas de flores. Algumas nunca haviam florido e estão cheias de botões e flores lilases. Talvez estejam comemorando comigo, mostrando a sua beleza em forma de pétalas, as alegrias e presentes que tenho tido através do meu blog e do meu livro.
Agradeço, enternecida, tanto carinho e amizade.
Café com Flores pra todos vocês!
Beijos,
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Um **Pequeno Grande Livro - Bola da Vez
Recebi esse livro de presente da amiga que o editou há uns meses atrás, talvez um ano.
Como sabem, leio muito, um atrás do outro, sem intervalos. Como na época em que o recebi estava fazendo pesquisas, escrevendo e lendo bastante para o meu primeiro romance, fui deixando Bola da Vez, de Fábio Brazil, na pilha, ao lado da minha cama. Pois ontem, resolvi lê-lo e o li, inteiro, até às 2 horas da manhã.
O livro foi uma surpresa. Primeiro, pela ideia em si, genial, de ir mostrando os personagens, encadeando-os, ora voltando no tempo, ora falando no presente, durante a Copa de 94. Aliás esse é o mote que permeia toda a narrativa: A Copa Do Mundo, vencida pela seleção brasileira, porém perdida na cabeça dos brasileiros que sempre adoraram o "futebol arte". E para nós, brasileiros, a Era Dunga não é motivo de orgulho...O livro é formado de contos curtos que se entrelaçam formando a estória. Uma estória de suspense, meio "noir" passada no bairro do Bixiga, bairro tradicional paulistano, um bairro "com alma", e em franca decadência.
O Fábio narra como só quem conhece bem as ruas de São Paulo poderia fazê-lo. As descrições são incríveis e o submundo dos cortiços, dos policiais corruptos, dos hospitais caindo aos pedaços devido à má administração pública e à corrupção vai sendo mostrado numa espécie de ferida aberta, pulsante, que grita mostrando o ocaso de um Bairro que já foi um dos mais importantes e cheios de vida de São Paulo e de como se tornou triste e sórdida a vida nas grandes cidades.
Fiquei impressionada com a cultura do Fábio, com sua escrita fluida, sem ser pernóstica, com sua emoção e sensibilidade e, principalmente, com o que mais me tocou: Seu amor por sua cidade.
Vale muito à pena ler. Recomendadíssimo!
Parabéns, Fábio Brazil! Parabéns, Júlio Xavier pelo tratamento gráfico dado ao livro, com as fotos do Fábio trabalhadas como desenhos a lápis. Ficou lindo!
Quem se interessar em comprar o livro ele está à venda aqui.
** "Pequeno" Grande Livro porque o livro é fino, hein gente?
Como sabem, leio muito, um atrás do outro, sem intervalos. Como na época em que o recebi estava fazendo pesquisas, escrevendo e lendo bastante para o meu primeiro romance, fui deixando Bola da Vez, de Fábio Brazil, na pilha, ao lado da minha cama. Pois ontem, resolvi lê-lo e o li, inteiro, até às 2 horas da manhã.
O livro foi uma surpresa. Primeiro, pela ideia em si, genial, de ir mostrando os personagens, encadeando-os, ora voltando no tempo, ora falando no presente, durante a Copa de 94. Aliás esse é o mote que permeia toda a narrativa: A Copa Do Mundo, vencida pela seleção brasileira, porém perdida na cabeça dos brasileiros que sempre adoraram o "futebol arte". E para nós, brasileiros, a Era Dunga não é motivo de orgulho...O livro é formado de contos curtos que se entrelaçam formando a estória. Uma estória de suspense, meio "noir" passada no bairro do Bixiga, bairro tradicional paulistano, um bairro "com alma", e em franca decadência.
O Fábio narra como só quem conhece bem as ruas de São Paulo poderia fazê-lo. As descrições são incríveis e o submundo dos cortiços, dos policiais corruptos, dos hospitais caindo aos pedaços devido à má administração pública e à corrupção vai sendo mostrado numa espécie de ferida aberta, pulsante, que grita mostrando o ocaso de um Bairro que já foi um dos mais importantes e cheios de vida de São Paulo e de como se tornou triste e sórdida a vida nas grandes cidades.
Fiquei impressionada com a cultura do Fábio, com sua escrita fluida, sem ser pernóstica, com sua emoção e sensibilidade e, principalmente, com o que mais me tocou: Seu amor por sua cidade.
Vale muito à pena ler. Recomendadíssimo!
Parabéns, Fábio Brazil! Parabéns, Júlio Xavier pelo tratamento gráfico dado ao livro, com as fotos do Fábio trabalhadas como desenhos a lápis. Ficou lindo!
Quem se interessar em comprar o livro ele está à venda aqui.
** "Pequeno" Grande Livro porque o livro é fino, hein gente?
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Presentes!
Ontem, a paisagem que se vê da minha casa estava assim...E eram umas três horas da tarde.
Tem gente que reclama do frio, mas eu adoro! Estou quase virando um pinguim aqui, mas quando a paisagem se veste de névoa e parece que moro num país distante, fico louca de felicidade. Esqueço que vivo nesta cidade infernal de calor tropical e úmido por quase o ano inteiro. Quando vejo a mata aqui em frente com nevoeiro, fico feliz da vida!
Em plena Mata Atlântica, um legítimo fogg londrino...
A cerração veio descendo do topo do morro e envolvendo tudo, como desce nas cidades serranas do Rio...pareciam as Brumas de Avalon. Quando vejo isso na "minha mata", recebo como um presente feito especialmente para mim....
E hoje, chegaram os livros que encomendei! Meu filho me deu dois e eu comprei dois...
Como podem ver, tenho muito o que ler pelos próximos dias... Fico encantada com capas de livros...e esses, uau, cada um mais lindo do que o outro...
Então, até qualquer hora pessoal, vou entrar debaixo das cobertas e ler, ler, ler....Os melhores presentes dos últimos tempos...frio, bruma e livros...
Tem gente que reclama do frio, mas eu adoro! Estou quase virando um pinguim aqui, mas quando a paisagem se veste de névoa e parece que moro num país distante, fico louca de felicidade. Esqueço que vivo nesta cidade infernal de calor tropical e úmido por quase o ano inteiro. Quando vejo a mata aqui em frente com nevoeiro, fico feliz da vida!
Em plena Mata Atlântica, um legítimo fogg londrino...
A cerração veio descendo do topo do morro e envolvendo tudo, como desce nas cidades serranas do Rio...pareciam as Brumas de Avalon. Quando vejo isso na "minha mata", recebo como um presente feito especialmente para mim....
E hoje, chegaram os livros que encomendei! Meu filho me deu dois e eu comprei dois...
Como podem ver, tenho muito o que ler pelos próximos dias... Fico encantada com capas de livros...e esses, uau, cada um mais lindo do que o outro...
Então, até qualquer hora pessoal, vou entrar debaixo das cobertas e ler, ler, ler....Os melhores presentes dos últimos tempos...frio, bruma e livros...
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Bertrand de Lisboa - a Livraria que Sobreviveu - Reedição *
Livraria Bertrand - Lisboa
Como eu poderia passar diante de uma livraria secular e não comprar livros?
Pois foi exatamente o que fiz quando estive em Lisboa, mais exatamente na Rua Garret, aquela mesma que Eça de Queirós fala tanto em seus livros...
Pois bem, a Livraria Bertrand de Lisboa, foi fundada em 1732!
Foi destruída pelo terremoto que arrasou a cidade em 1755 e reinaugurada em 1773, agora na Rua Garret, 73/75, que fica na parte histórica de Lisboa, na mesma rua do café A Brasileira e perto de outras lojas antiquíssimas e lindas.
A Bertrand é a pioneira no sistema de cadeia de livrarias, tendo hoje, lojas por todo o país.
Fui lá e fiz a festa, como podem ver pelas minhas sacolas....
Bem que queria ter comprado mais, pois os preços, comparados aos de nossas livrarias, eram bem acessíveis, apesar dos Euros....O problema era o peso...
Mas, sinceramente, me arrependo de não ter comprado mais. Na minha próxima viagem, já prometi a mim mesma, que levo menos roupas, pra poder comprar mais livros...
Quando forem a Lisboa, não deixem de dar uma passadinha por lá, afinal, a Bertrand faz parte da história da cidade...e ela mesma tem uma incrível história de sobrevivência e adaptação aos novos tempos.
E, afinal, não é todo dia que se pode comprar numa livraria de quase 300 anos!
*Post reeditado de 28/09/2009.
*Post reeditado de 28/09/2009.
terça-feira, 5 de julho de 2011
Nicola, A Borboleta De Uma Asa Só
Minha amiga Mila Viegas, é mais que amiga, é confidente, é colega de gargalhadas, é minha guxa, miguxa, de longos papos regados à cerveja. E, embora ela tenha idade para ser minha filha, parece muitas vezes ser o contrário: Ela é quem me dá conselhos, enquanto eu, a imatura, os ouço.
É uma sábia menina mulher de 30 e poucos anos, essa minha companheira de escrita. E talentosa como ela só!
Pois a Mila acabou de lançar o livro infantil Nicola, a borboleta de uma asa só, com o auxílio luxuoso da minha filha, Thaís Leão, que fez as aquarelas para o livro.
O livro é uma graça, colorido, atrativo, mas não só isso: traz uma mensagem importante de inclusão e de como podemos vencer os desafios que a vida, muitas vezes nos impõe.
Recomendo a todos os que tenham crianças em casa, afilhados, ou sobrinhos. Vale a pena comprar e ler para elas. Vale a pena comprar e ver que só voa quem acredita nos seus sonhos.
Parabéns Miguxa! Agora, tal e qual a Nicola, o mundo é seu! Voa, Mila!
Beijos,
É uma sábia menina mulher de 30 e poucos anos, essa minha companheira de escrita. E talentosa como ela só!
Pois a Mila acabou de lançar o livro infantil Nicola, a borboleta de uma asa só, com o auxílio luxuoso da minha filha, Thaís Leão, que fez as aquarelas para o livro.
O livro é uma graça, colorido, atrativo, mas não só isso: traz uma mensagem importante de inclusão e de como podemos vencer os desafios que a vida, muitas vezes nos impõe.
Recomendo a todos os que tenham crianças em casa, afilhados, ou sobrinhos. Vale a pena comprar e ler para elas. Vale a pena comprar e ver que só voa quem acredita nos seus sonhos.
Parabéns Miguxa! Agora, tal e qual a Nicola, o mundo é seu! Voa, Mila!
Beijos,
sábado, 2 de julho de 2011
Um Livro
Sou uma privilegiada por ter amigos tão compreensivos, acolhedores e inteligentes.
Tenho recebido tantos livros bons de presente!
E vindos dos mais diversos lugares. Mas me delicio mesmo é com os que são escritos em português de Portugal. Como escrevem bem os escritores portugueses! Se já era fã antes, agora então, apaixonei-me, definitivamente. Como usam bem a língua e as palavras! Aprecio demais um livro bem escrito, com riqueza vocabular, estilo e uma estória bem contada. Com isto, creio, minha cultura tem crescido consideravelmente nestes últimos dois anos. E só tenho a agradecer, pois não há presente que mais me dê prazer, ultimamente, do que receber bons livros.
Meu filho também tem contribuído muito com meu acervo, pois basta que lhe peça, como ontem, para que já me dê os que pedi. Ele sabe como isto me faz feliz e como meus prazeres têm sido bem poucos nos últimos três anos, acho que esse tipo de carinho e preocupação em me agradar, é a sua maneira de me dizer o quanto me ama. E eu só não o amo mais por tudo isto, porque é impossível amar-se mais a um filho do que o que já sinto.
Pois prazer na leitura é o que vem acontecendo com este livro que recebi de presente e estou lendo agora.
Eu não conhecia sua autora: Lídia Jorge, portuguesa do Algarve e detentora de vários prêmios literários.
Ainda estou pelo meio, mas me encantei com sua escrita e gostaria de citar um trecho que muito me fez refletir:
" Queremos encantar. Queremos vencer encantando, seduzindo....Queremos encantar pessoas, milhares, milhões de pessoas. Queremos ser maiores do que cada uma delas e do que todas no seu conjunto, queremos ter uma habilidade que elas não têm. Queremos entrar-lhes pelos ouvidos, pelos olhos, pelos nervos, pelo corpo todo....Por isso, elas vão ficar paradas, à espera, e nós, na sua frente, seduzindo-as, colando-as aos seus lugares, hipnotizando-as, desvairando-as com o nosso talento...Queremos o mundo...Queremos fazer amor com o mundo...Nós não temos medo das palavras..."
Quem lê esse trecho, do modo como o coloquei, omitindo algumas frases, poderá pensar: Ela fala sobre os escritores, de como querem seduzir seus leitores...Mas não, ela fala da música e de músicos, de cantoras, no caso...mas bem poderia se tratar dos escritores...
Afinal, quem escreve à sério não é isso o que deseja? Ser amado, ser aceito, ser o sedutor, o hipnotizador, pelas palavras? Isto é arrogância, é ser orgulhoso? Não acho. Todos os seres humanos são assim, em maior ou menor proporção. Os próprios blogs, o que são senão uma maneira de chamar a atenção para si, como dissessem: Olhem, estou aqui! Não me deixem só, venham, me façam companhia...?
O que é festejar aniversário de blog, número de seguidores, número de vistas do que dizer: sou bom, sou ótimo, olhem quantos estão vindo me ver? Orgulho? Vaidade excessiva? Carência absurda? Necessidade de chamar a atenção e assim, obter um suposto carinho?
Achei esse paralelo muito interessante e verdadeiro, pois quem é escritor deseja isto, ainda que finja que não. Seres humanos desejam isto, ainda que neguem. Vivemos todos em meio a uma fogueira de vaidades, mesquinharias, gente de valor, outros nem tanto, muitos medíocres...e todos, sem exceção, ainda que façam pose de modestos são, no íntimo, vaidosos ao extremo, carentes de elogios e de fingido afeto. Fingem que não vêem que são usados ou que usam. Dão, procurando receber de volta.
Escritores são vaidosos? A humanidade o é!
Livros me fazem pensar e refletir sobre mim mesma e, a cada vez, chegar mais perto do cerne, da essência do meu eu e do que há no âmago do mundo à minha volta.
Revelam-se, revelando-me a mim mesma.
Revelam-se e me revelam a humanidade, com lente de aumento.
Tenho recebido tantos livros bons de presente!
E vindos dos mais diversos lugares. Mas me delicio mesmo é com os que são escritos em português de Portugal. Como escrevem bem os escritores portugueses! Se já era fã antes, agora então, apaixonei-me, definitivamente. Como usam bem a língua e as palavras! Aprecio demais um livro bem escrito, com riqueza vocabular, estilo e uma estória bem contada. Com isto, creio, minha cultura tem crescido consideravelmente nestes últimos dois anos. E só tenho a agradecer, pois não há presente que mais me dê prazer, ultimamente, do que receber bons livros.
Meu filho também tem contribuído muito com meu acervo, pois basta que lhe peça, como ontem, para que já me dê os que pedi. Ele sabe como isto me faz feliz e como meus prazeres têm sido bem poucos nos últimos três anos, acho que esse tipo de carinho e preocupação em me agradar, é a sua maneira de me dizer o quanto me ama. E eu só não o amo mais por tudo isto, porque é impossível amar-se mais a um filho do que o que já sinto.
Pois prazer na leitura é o que vem acontecendo com este livro que recebi de presente e estou lendo agora.
Eu não conhecia sua autora: Lídia Jorge, portuguesa do Algarve e detentora de vários prêmios literários.
Ainda estou pelo meio, mas me encantei com sua escrita e gostaria de citar um trecho que muito me fez refletir:
" Queremos encantar. Queremos vencer encantando, seduzindo....Queremos encantar pessoas, milhares, milhões de pessoas. Queremos ser maiores do que cada uma delas e do que todas no seu conjunto, queremos ter uma habilidade que elas não têm. Queremos entrar-lhes pelos ouvidos, pelos olhos, pelos nervos, pelo corpo todo....Por isso, elas vão ficar paradas, à espera, e nós, na sua frente, seduzindo-as, colando-as aos seus lugares, hipnotizando-as, desvairando-as com o nosso talento...Queremos o mundo...Queremos fazer amor com o mundo...Nós não temos medo das palavras..."
Quem lê esse trecho, do modo como o coloquei, omitindo algumas frases, poderá pensar: Ela fala sobre os escritores, de como querem seduzir seus leitores...Mas não, ela fala da música e de músicos, de cantoras, no caso...mas bem poderia se tratar dos escritores...
Afinal, quem escreve à sério não é isso o que deseja? Ser amado, ser aceito, ser o sedutor, o hipnotizador, pelas palavras? Isto é arrogância, é ser orgulhoso? Não acho. Todos os seres humanos são assim, em maior ou menor proporção. Os próprios blogs, o que são senão uma maneira de chamar a atenção para si, como dissessem: Olhem, estou aqui! Não me deixem só, venham, me façam companhia...?
O que é festejar aniversário de blog, número de seguidores, número de vistas do que dizer: sou bom, sou ótimo, olhem quantos estão vindo me ver? Orgulho? Vaidade excessiva? Carência absurda? Necessidade de chamar a atenção e assim, obter um suposto carinho?
Achei esse paralelo muito interessante e verdadeiro, pois quem é escritor deseja isto, ainda que finja que não. Seres humanos desejam isto, ainda que neguem. Vivemos todos em meio a uma fogueira de vaidades, mesquinharias, gente de valor, outros nem tanto, muitos medíocres...e todos, sem exceção, ainda que façam pose de modestos são, no íntimo, vaidosos ao extremo, carentes de elogios e de fingido afeto. Fingem que não vêem que são usados ou que usam. Dão, procurando receber de volta.
Escritores são vaidosos? A humanidade o é!
Livros me fazem pensar e refletir sobre mim mesma e, a cada vez, chegar mais perto do cerne, da essência do meu eu e do que há no âmago do mundo à minha volta.
Revelam-se, revelando-me a mim mesma.
Revelam-se e me revelam a humanidade, com lente de aumento.
sábado, 11 de junho de 2011
É Hoje! Noite de Autógrafos da Miguxa!
Hoje é o dia D da minha querida Miguxa.
Às 19 hs, na Editora Multifoco , na Lapa, no mesmo lugar onde lancei o meu livro, a escritora Mila Viegas estará autografando o seu livro infantil: Nicola, a borboleta de uma asa só.
Com o auxílio luxuoso da minha filha, Thaís Leão, que ilustrou o livro e o fez ficar essa gracinha, como bem mostra a capa.
Quem puder e quiser, apareça por lá hoje!
Beijos e muito boa sorte pras minhas duas queridas!
Às 19 hs, na Editora Multifoco , na Lapa, no mesmo lugar onde lancei o meu livro, a escritora Mila Viegas estará autografando o seu livro infantil: Nicola, a borboleta de uma asa só.
Com o auxílio luxuoso da minha filha, Thaís Leão, que ilustrou o livro e o fez ficar essa gracinha, como bem mostra a capa.
Quem puder e quiser, apareça por lá hoje!
Beijos e muito boa sorte pras minhas duas queridas!
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Refletindo Sobre Livros, História & Colonialismo
Li, recentemente dois livros sobre colonialismo: o de Isabel Allende, A Ilha Sob o Mar e o último do Vargas Llosa, O Sonho do Celta.
Gostei razoavelmente do primeiro e não gostei muito do segundo.
Mas, tanto um quanto o outro me fizeram pensar nas formas de colonialismo que existem e existiram no mundo.
E como esta forma violenta, devastadora, de expansão territorial marcou o que se entende hoje como: Mundo Moderno.
Mapa do colonialismo nas Américas em 1763
O livro da Isabel Allende mostra a que preço foi feita a colonização do Haiti e ao lê-lo, entendemos melhor a história do povo desta ilha, até hoje vivendo abaixo da linha da miséria, com sucessivas ditaduras ao longo dos séculos. Seguindo sendo explorada, dizimada, trucidando-se e sendo trucidados por outros povos e por eles próprios.
O livro do Vargas Llosa mostra também, como a África e a América do Sul foram repartidas entre os países europeus colonizadores e de que forma esta colonização, supostamente feita para levar "cultura", religião, educação, "tirar os povos da barbárie" em que se encontravam, era somente uma fachada para a exploração desmedida, a usurpação dos valores culturais, o extermínio de populações indígenas e tribais.
Eu sou de opinião que os romances históricos são de extrema importância, pois é através desta visão, deste "olhar para trás" que entendemos o passado e podemos analisar o presente e não repetir ou tentar não repetir os mesmos erros no futuro. Mas o ser humano, quanto mais poder tem, menos pensa no outro. A ambição por riqueza e poder promove as guerras, os radicalismos, o terror. O que são as guerras senão a tentativa de fazer valer pela força os valores de um povo sobre o outro?
Os países colonizados, entre eles o Brasil, deram o suporte para que as "grandes nações" do mundo fossem o que são. As igrejas, catedrais, museus, cultura, belezas arquitetônicas, em sua maioria, foram patrocinadas pelo nosso ouro, nossa borracha, nossas inúmeras riquezas, usurpadas, trocadas e barganhadas, algumas, exploradas até se extinguirem.
Isto sem falar nos povos que simplesmente desapareceram ou foram escravizados e mutilados em suas culturas e valores.
Tudo isto me faz pensar até que ponto uma nação pode ou deve alterar e interferir na cultura de um outro povo. Seja em nome de religiões ou direitos humanos ( aos nossos olhos, não aos deles).
Ao fazermos isto não estaríamos repetindo os erros do passado?
Procurem ler e refletir sobre este assunto...
Boa Semana!
Gostei razoavelmente do primeiro e não gostei muito do segundo.
Mas, tanto um quanto o outro me fizeram pensar nas formas de colonialismo que existem e existiram no mundo.
E como esta forma violenta, devastadora, de expansão territorial marcou o que se entende hoje como: Mundo Moderno.
Mapa do colonialismo nas Américas em 1763
O livro da Isabel Allende mostra a que preço foi feita a colonização do Haiti e ao lê-lo, entendemos melhor a história do povo desta ilha, até hoje vivendo abaixo da linha da miséria, com sucessivas ditaduras ao longo dos séculos. Seguindo sendo explorada, dizimada, trucidando-se e sendo trucidados por outros povos e por eles próprios.
O livro do Vargas Llosa mostra também, como a África e a América do Sul foram repartidas entre os países europeus colonizadores e de que forma esta colonização, supostamente feita para levar "cultura", religião, educação, "tirar os povos da barbárie" em que se encontravam, era somente uma fachada para a exploração desmedida, a usurpação dos valores culturais, o extermínio de populações indígenas e tribais.
Eu sou de opinião que os romances históricos são de extrema importância, pois é através desta visão, deste "olhar para trás" que entendemos o passado e podemos analisar o presente e não repetir ou tentar não repetir os mesmos erros no futuro. Mas o ser humano, quanto mais poder tem, menos pensa no outro. A ambição por riqueza e poder promove as guerras, os radicalismos, o terror. O que são as guerras senão a tentativa de fazer valer pela força os valores de um povo sobre o outro?
Os países colonizados, entre eles o Brasil, deram o suporte para que as "grandes nações" do mundo fossem o que são. As igrejas, catedrais, museus, cultura, belezas arquitetônicas, em sua maioria, foram patrocinadas pelo nosso ouro, nossa borracha, nossas inúmeras riquezas, usurpadas, trocadas e barganhadas, algumas, exploradas até se extinguirem.
Isto sem falar nos povos que simplesmente desapareceram ou foram escravizados e mutilados em suas culturas e valores.
Tudo isto me faz pensar até que ponto uma nação pode ou deve alterar e interferir na cultura de um outro povo. Seja em nome de religiões ou direitos humanos ( aos nossos olhos, não aos deles).
Ao fazermos isto não estaríamos repetindo os erros do passado?
Procurem ler e refletir sobre este assunto...
Boa Semana!
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colonialismo,
livros,
reflexão
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Ainda Sobre Uma Viagem À Índia...
Acabei de ler ontem, entre extasiada e perplexa o livro Uma Viagem à Índia do Gonçalo M Tavares sobre o qual já havia falado há uns posts atrás...
É um daqueles livros que se termina a leitura, meio que em estado de choque, tal a força dos pensamentos e insights filosofóficos com os quais o escritor nos confronta, forçando-nos, quase que nos empurrando, a refletir sobre eles, sobre a vida, enfim.
Senti esse mesmo tipo de empuxo para dentro quando li As Benevolentes de Jonathan Littell. Ambos livros grossos, de muitas páginas. Ambos livros que nos fazem pensar. E muito. Um, uma epopéia metafórica, outro, um romance, não no sentido romântico, mas sim no estilo de narrativa.
As pessoas, aqui no Brasil, como não têm o hábito da leitura, associam "romance" àquela coisa água com açúcar ou onde há um herói, uma heróina, e os clichês de praxe.
Não, não há nada de romântico no livro As Benevolentes. ( Quem quiser saber sobre o livro clique aqui e aqui. ) Fiquei tão impressionada quando o li que escrevi dois posts sobre ele, exatamente como faço agora com Uma Viagem à Índia.
Traçando um paralelo entre os dois: Ambos falam sobre a maldade humana e até que ponto ela existe em nós e pode ser desperta a um simples toque, a uma ideia, um ideal.
Mas, por favor, não me venham com aqueles comentários do tipo: Eu sou tão bonzinho, não há maldade em mim, não tolero gente má, o homem é essencialmente bom....tudo balela!
Por favor, não me venham com essas baboseiras! O homem é essencialmente mau e as culturas e religiões é que nos compartimentam e nos encaixam em regras.
Se o homem fosse bom não haveria guerras ataques terroristas, dizimação, genocídio, pedofilia, regozijo com a morte de criminosos.
A maldade humana é fato. Povos inteiros são levados a deixar seu lado bárbaro vir à tona, basta uma simples fagulha, um rastilho de pólvora e um fósforo.
Deixo aqui uns trechos de Gonçalo M Tavares para reflexão. Reflitamos pois.
Não estou fazendo apologia da maldade humana, pelo contrário, nem dizendo que só há em nós o lado mau, mas tentando fazer, que ao reconhecê-la, também, como parte intrínseca de nós, saibamos lidar melhor com esse lado obscuro e talvez, assim, ao nos olhar no espelho, saber quem somos, sem negar do que somos feitos.
Foto daqui.
É um daqueles livros que se termina a leitura, meio que em estado de choque, tal a força dos pensamentos e insights filosofóficos com os quais o escritor nos confronta, forçando-nos, quase que nos empurrando, a refletir sobre eles, sobre a vida, enfim.
Senti esse mesmo tipo de empuxo para dentro quando li As Benevolentes de Jonathan Littell. Ambos livros grossos, de muitas páginas. Ambos livros que nos fazem pensar. E muito. Um, uma epopéia metafórica, outro, um romance, não no sentido romântico, mas sim no estilo de narrativa.
As pessoas, aqui no Brasil, como não têm o hábito da leitura, associam "romance" àquela coisa água com açúcar ou onde há um herói, uma heróina, e os clichês de praxe.
Não, não há nada de romântico no livro As Benevolentes. ( Quem quiser saber sobre o livro clique aqui e aqui. ) Fiquei tão impressionada quando o li que escrevi dois posts sobre ele, exatamente como faço agora com Uma Viagem à Índia.
Traçando um paralelo entre os dois: Ambos falam sobre a maldade humana e até que ponto ela existe em nós e pode ser desperta a um simples toque, a uma ideia, um ideal.
Mas, por favor, não me venham com aqueles comentários do tipo: Eu sou tão bonzinho, não há maldade em mim, não tolero gente má, o homem é essencialmente bom....tudo balela!
Por favor, não me venham com essas baboseiras! O homem é essencialmente mau e as culturas e religiões é que nos compartimentam e nos encaixam em regras.
Se o homem fosse bom não haveria guerras ataques terroristas, dizimação, genocídio, pedofilia, regozijo com a morte de criminosos.
A maldade humana é fato. Povos inteiros são levados a deixar seu lado bárbaro vir à tona, basta uma simples fagulha, um rastilho de pólvora e um fósforo.
Deixo aqui uns trechos de Gonçalo M Tavares para reflexão. Reflitamos pois.
"Eis pois que uma conspiração parece começar.
O que indispõe homens contra homens?
De onde vem a náusea daquele homem
que passeia entre ruínas desertas e
a inveja daquele outro que passeia ao domingo
em ruas repletas de comércio
e de cidadãos competentes? É no sono
que os homens se fazem maus, eis uma possível resposta;
aí, de olhos fechados, nesse acto universal, se cozinha o
[ pão da maldade."
"....De facto, Bloom, já o sabe há muito:
somos inseparáveis do nosso pior.
Pode-se fugir durante anos,
mas cada um é inseparável da sua maldade....."
"....Não se enterra a maldade - eis no que reflecte Bloom -,
ela é apenas interrompida......"
Não estou fazendo apologia da maldade humana, pelo contrário, nem dizendo que só há em nós o lado mau, mas tentando fazer, que ao reconhecê-la, também, como parte intrínseca de nós, saibamos lidar melhor com esse lado obscuro e talvez, assim, ao nos olhar no espelho, saber quem somos, sem negar do que somos feitos.
Foto daqui.
domingo, 24 de abril de 2011
Uma Viagem À Índia
Estou lendo Uma Viagem à Índia de Gonçalo M. Tavares.
Autor premiadíssimo, recebi este livro de presente e, ao abri-lo e começar a ler, causou-me um certo impacto. Achei sua maneira de escrita muito própria e inusitada. De um modo ao qual eu não estava habituada. Comecei a lê-lo numa semana conturbada e o lia sem ler, se é que me entendem... Parei e comecei novamente, do início, na semana passada.
E eis que estou diante de um gênio da literatura!
A cada Canto (porque o livro é uma epopéia moderna à moda de Os Lusíadas ou d'A Odisséia) pinço uma frase ou um parágrafo inteiro de ideias geniais.
Vou iniciar hoje o Canto IV.
Mas deixo aqui, uma das frases, entre tantas, que têm me encantado:
Embarquei nesta viagem e, talvez volte outra.....................................................................................
Não deixem de ler meu outro blog http://clubecafelivros.blogspot.com/2011/04/segunda-e-dia-de-poesia-eu-nao-sou-pra.html
Autor premiadíssimo, recebi este livro de presente e, ao abri-lo e começar a ler, causou-me um certo impacto. Achei sua maneira de escrita muito própria e inusitada. De um modo ao qual eu não estava habituada. Comecei a lê-lo numa semana conturbada e o lia sem ler, se é que me entendem... Parei e comecei novamente, do início, na semana passada.
E eis que estou diante de um gênio da literatura!
A cada Canto (porque o livro é uma epopéia moderna à moda de Os Lusíadas ou d'A Odisséia) pinço uma frase ou um parágrafo inteiro de ideias geniais.
Vou iniciar hoje o Canto IV.
Mas deixo aqui, uma das frases, entre tantas, que têm me encantado:
"...por vezes o Destino de um homem não chega a tempo..."
Embarquei nesta viagem e, talvez volte outra.....................................................................................
Não deixem de ler meu outro blog http://clubecafelivros.blogspot.com/2011/04/segunda-e-dia-de-poesia-eu-nao-sou-pra.html
sábado, 23 de abril de 2011
Dia Mundial Do Livro- Dia De Rezar Aos Meus Deuses
Eu, autografando Na Esquina do Tempo nº 50.
Hoje se comemora, mundialmente, o Dia do Livro. Para mim, não poderia haver data mais santificada e simbólica do que esta.
Dia santo. Feriado no meu coração.
Dia em que reverencio os meus santos de devoção: São Fernando Pessoa, São Carlos Drummond de Andrade, São Érico Veríssimo, São Eça de Queirós, Machado de Assis, Ferreira Gullar, Fernanda de Camargo Moro, Sophia de Mello, Mia Couto, Balzac, Melville, Jorge Amado, Zélia Gattai, Rachel de Queirós, Monteiro Lobato, todos os autores que li ao longo da minha vida, tantos que já nem me lembro da maior parte deles.
Mas os tenho cá dentro, pedaços de mim, que me marcaram a alma, à ferro, à lágrimas, à sentimentos.
Já esqueci inúmeros enredos, inúmeras tramas das milhares que li, mas todas deixaram pequenos traços na minha escrita, na minha personalidade, na minha maneira de ver a vida e o mundo.
Neste dia, dia do meu maior objeto de adoração, de devoção, o livro, tenho pena de não poder ler tantos quantos eu gostaria, de não poder comprá-los às dezenas, como eu gostaria, de ter tempo ainda para ler todos os que não tive o prazer de ler, de cercar-me por eles, por todos os lados. Mas não resta muito tempo agora, já não há tempo para lê-los todos.
Se há algo que me daria imenso prazer neste momento de minha vida seria poder ter os livros que desejo. E são tantos!
Mas, infelizmente, a vida é traiçoeira e nos dá de um lado e nos tira de outro. Nada é perfeito. Na maior parte do tempo, a vida é injusta.
Mas neste dia santo, dia em que também eu fui agraciada com uma pequena conquista, ter meu próprio livro publicado, só posso ser grata aos meus amigos, aos meus leitores, à tudo o que li ao longo desses mais de 50 anos, vividos intensamente.
Porque, como me disse uma amiga, há uns dias atrás, sou intensa em tudo o que faço. Essa intensidade, às vezes me causa dor e arrependimentos. jogo-me de cabeça seja nos sentimentos, seja nas amizades, seja no acolher ou no repelir.
Não sou de meias palavras, de fingir o que não sinto. Ando aprendendo, por força da vida, a segurar as rédeas de mim mesma. Por força do ter que viver em grupo. Mas ando me aviltando, me corrompendo. É preciso, é necessário. Mas ando angustiada por me obrigar a ser quem não sou.
Não é tarde para aprender a conviver, embora às vezes, me imagine uma ermitã, vivendo isolada do mundo, no alto da minha montanha.
Muitas vezes, por dentro estou assim: lá, no alto de uma montanha, embora aparentemente esteja entre pessoas que não tem nada a me dizer, que nada me acrescentam. Então, fecho os olhos e me imagino a ler um livro...
Mas é inevitável. É preciso.
Como todo poeta é louco, me permito ser também louca, muitas vezes, embora preferisse o ser a maior parte do tempo, pois sou louca sim, e para a minha loucura não há remédio.
E porque há mais dor em mim do que alegria. E porque há mais desespero e solidão do que simpatia não espero que me compreendam. Desejo, mas já não acalento ilusões. Sou por natureza complicada e insana, complexa demais para que me entendam.
Não tenho pretensões de colocar-me ao lado de meus santos de devoção, meus amados escritores, as pessoas que me abriram o mundo e o desvelaram para mim. Não quero isso. Quero apenas poder sentar-me com um livro nas mãos e, por toda a eternidade saber o que há nas entrelinhas. Entender o que foi escrito e sentido pelo deus-escritor ou deus-poeta no momento em que o criou. Porque cada livro é um mundo, um sistema planetário.
Este é meu último desejo. Não ser compreendida ou sequer lida, mas entender que a santidade, a verdadeira beleza do mundo está contida nas páginas, no sistema solar, de um bom livro qualquer...
Convido-os a lerem também o texto que publiquei no meu outro blog Café com Bolo & Poesia.
Hoje se comemora, mundialmente, o Dia do Livro. Para mim, não poderia haver data mais santificada e simbólica do que esta.
Dia santo. Feriado no meu coração.
Dia em que reverencio os meus santos de devoção: São Fernando Pessoa, São Carlos Drummond de Andrade, São Érico Veríssimo, São Eça de Queirós, Machado de Assis, Ferreira Gullar, Fernanda de Camargo Moro, Sophia de Mello, Mia Couto, Balzac, Melville, Jorge Amado, Zélia Gattai, Rachel de Queirós, Monteiro Lobato, todos os autores que li ao longo da minha vida, tantos que já nem me lembro da maior parte deles.
Mas os tenho cá dentro, pedaços de mim, que me marcaram a alma, à ferro, à lágrimas, à sentimentos.
Já esqueci inúmeros enredos, inúmeras tramas das milhares que li, mas todas deixaram pequenos traços na minha escrita, na minha personalidade, na minha maneira de ver a vida e o mundo.
Neste dia, dia do meu maior objeto de adoração, de devoção, o livro, tenho pena de não poder ler tantos quantos eu gostaria, de não poder comprá-los às dezenas, como eu gostaria, de ter tempo ainda para ler todos os que não tive o prazer de ler, de cercar-me por eles, por todos os lados. Mas não resta muito tempo agora, já não há tempo para lê-los todos.
Se há algo que me daria imenso prazer neste momento de minha vida seria poder ter os livros que desejo. E são tantos!
Mas, infelizmente, a vida é traiçoeira e nos dá de um lado e nos tira de outro. Nada é perfeito. Na maior parte do tempo, a vida é injusta.
Mas neste dia santo, dia em que também eu fui agraciada com uma pequena conquista, ter meu próprio livro publicado, só posso ser grata aos meus amigos, aos meus leitores, à tudo o que li ao longo desses mais de 50 anos, vividos intensamente.
Porque, como me disse uma amiga, há uns dias atrás, sou intensa em tudo o que faço. Essa intensidade, às vezes me causa dor e arrependimentos. jogo-me de cabeça seja nos sentimentos, seja nas amizades, seja no acolher ou no repelir.
Não sou de meias palavras, de fingir o que não sinto. Ando aprendendo, por força da vida, a segurar as rédeas de mim mesma. Por força do ter que viver em grupo. Mas ando me aviltando, me corrompendo. É preciso, é necessário. Mas ando angustiada por me obrigar a ser quem não sou.
Não é tarde para aprender a conviver, embora às vezes, me imagine uma ermitã, vivendo isolada do mundo, no alto da minha montanha.
Muitas vezes, por dentro estou assim: lá, no alto de uma montanha, embora aparentemente esteja entre pessoas que não tem nada a me dizer, que nada me acrescentam. Então, fecho os olhos e me imagino a ler um livro...
Mas é inevitável. É preciso.
Como todo poeta é louco, me permito ser também louca, muitas vezes, embora preferisse o ser a maior parte do tempo, pois sou louca sim, e para a minha loucura não há remédio.
E porque há mais dor em mim do que alegria. E porque há mais desespero e solidão do que simpatia não espero que me compreendam. Desejo, mas já não acalento ilusões. Sou por natureza complicada e insana, complexa demais para que me entendam.
Não tenho pretensões de colocar-me ao lado de meus santos de devoção, meus amados escritores, as pessoas que me abriram o mundo e o desvelaram para mim. Não quero isso. Quero apenas poder sentar-me com um livro nas mãos e, por toda a eternidade saber o que há nas entrelinhas. Entender o que foi escrito e sentido pelo deus-escritor ou deus-poeta no momento em que o criou. Porque cada livro é um mundo, um sistema planetário.
Este é meu último desejo. Não ser compreendida ou sequer lida, mas entender que a santidade, a verdadeira beleza do mundo está contida nas páginas, no sistema solar, de um bom livro qualquer...
Convido-os a lerem também o texto que publiquei no meu outro blog Café com Bolo & Poesia.
sexta-feira, 8 de abril de 2011
A Vida E Suas Possibilidades
Esta semana terminei o livro O Mundo Pós Aniversário de Lionel Shriver e me deparei com a pergunta que permeia silenciosamente as mais de 500 páginas do livro: Eu teria sido mais feliz se tivesse seguido o outro atalho?
O livro trata, de maneira genial, desse tema: Qual dos caminhos que tomamos nos faria mais feliz, esse ou aquele outro?
Fiquei pensando nas possibilidades que a vida nos oferece e na maneira que escolhemos nosso destino.
Temos a tendência de sempre achar que seríamos mais felizes se tivéssemos feito isso e não aquilo.
Que poderíamos ter sido mais plenos se não tivéssemos aberto mão daquilo e não disso.
O ser humano nunca será plenamente feliz com o que tem. Sempre vai desejar o que não teve ou o que o outro possui.
Será que teria sido mais amada se tivesse ficado com aquele homem? Ele teria me feito feliz?
E se ele não fosse como eu imaginava?
E se a vida tivesse tomado outro rumo? E se eu não tivesse aberto mão da minha profissão para ser mãe?
E se? E se? E se?
Nunca saberemos. Nunca teremos tudo. As possibilidades estão aí para serem colhidas, como se colhe uma flor linda e perfumada, inofensiva ou uma espécie extremamente bela, mas venenosa...
A vida nos abre um leque de promessas, de possíveis caminhos...mas no final, só poderemos escolher um deles...Não há jeito de nos dividirmos em dois e seguirmos pelas duas opções.
Se o escolhido será o melhor, o mais aprazível, o que nos trará menos armadilhas e dor?
Isso, só o tempo dirá...Resta a nós, marionetes do destino, seguir nossa intuição, falha e questionável, assim como nós...
O livro trata, de maneira genial, desse tema: Qual dos caminhos que tomamos nos faria mais feliz, esse ou aquele outro?
Fiquei pensando nas possibilidades que a vida nos oferece e na maneira que escolhemos nosso destino.
Temos a tendência de sempre achar que seríamos mais felizes se tivéssemos feito isso e não aquilo.
Que poderíamos ter sido mais plenos se não tivéssemos aberto mão daquilo e não disso.
O ser humano nunca será plenamente feliz com o que tem. Sempre vai desejar o que não teve ou o que o outro possui.
Será que teria sido mais amada se tivesse ficado com aquele homem? Ele teria me feito feliz?
E se ele não fosse como eu imaginava?
E se a vida tivesse tomado outro rumo? E se eu não tivesse aberto mão da minha profissão para ser mãe?
E se? E se? E se?
Nunca saberemos. Nunca teremos tudo. As possibilidades estão aí para serem colhidas, como se colhe uma flor linda e perfumada, inofensiva ou uma espécie extremamente bela, mas venenosa...
A vida nos abre um leque de promessas, de possíveis caminhos...mas no final, só poderemos escolher um deles...Não há jeito de nos dividirmos em dois e seguirmos pelas duas opções.
Se o escolhido será o melhor, o mais aprazível, o que nos trará menos armadilhas e dor?
Isso, só o tempo dirá...Resta a nós, marionetes do destino, seguir nossa intuição, falha e questionável, assim como nós...
terça-feira, 29 de março de 2011
Plugada com Kafka
Não, não é um livro fácil. Livro de quase 600 páginas, mas que nos vai enovelando em sua trama metafórica de tal maneira que não se consegue largá-lo. Acabei por deixar os outros que estava lendo de lado e me dediquei somente a ele, página por página, marcando, escrevendo, passando linhas em volta das passagens e trechos que mais me tocavam.
E há inúmeras.
O livro é feito de metáforas. Como a Vida. Andamos sempre no limiar entre o real e o fantástico, entre o possível e o improvável.
Passamos muitas vezes por portais imaginários que nos levam ao passado e nos trazem novamente ao presente.
Num dos trechos que sublinhei, ele escreve e compara a vida à um labirinto, como nossas entranhas o são, labirínticas.
O livro não nos dá as respostas, muitas questões ficam no ar...entende-se como se queira, como se pode ou como se necessita entender naquele momento.
Este livro caiu como uma luva no momento em que atravesso. Senti que muitas vezes poderia ter sido eu a escrever o que ele havia escrito.
Deixo aqui, um dos trechos, entre tantos que mais gostei:
“E não há maneira de escapar à violência da tempestade, a essa tempestade metafísica, simbólica. Não te iludas: por mais metafísica e simbólica que seja, rasgar-te-á a carne como mil navalhas de barba. O sangue de muita gente correrá, e o teu juntamente com ele. Um sangue vermelho, quente. Ficarás com as mãos cheias de sangue, do teu sangue e do sangue dos outros. E quando a tempestade tiver passado, mal te lembrarás de ter conseguido atravessá-la, de ter conseguido sobreviver. Nem sequer terás a certeza de a tormenta ter realmente chegado ao fim. Mas uma coisa é certa. Quando saíres da tempestade já não serás a mesma pessoa. Só assim as tempestades fazem sentido.”Haruki Murakami, in 'Kafka à Beira-Mar'Só assim os livros fazem sentido, quando saímos melhores deles do que quando os começamos...
quinta-feira, 24 de março de 2011
Lendo na Cama
Uma das coisas que mais me dá prazer ( e sempre deu ) é ler na cama, antes de dormir.
Esses são momentos deliciosos onde me esqueço de mim e de meus problemas, para mergulhar em outros mundos, outras vidas.
Saio literalmente do meu corpo e assumo a vida dos personagens. Imagino, construo outro universo a partir das descrições do autor, consigo sentir cheiros, ver cores, pisar e caminhar onde os personagens caminham.
Às vezes, mesmo com a TV ligada, me desligo totalmente do mundo fora dali, naquela bolha encantada onde estou, folheando página por página, presa naquela teia tecida pelo gênio do escritor.
Ler antes de dormir me acalma, faz meu coração entrar num ritmo, num compasso que não consigo manter durante o dia.
Se chove lá fora, então, é o paraíso. Ler ouvindo a chuva caindo em pródigas gotas, sentir o cheiro de terra e folhagem molhadas, se misturando aos cheiros do papel e da estória, são para mim, uma das delícias de estar viva.
Pequenos grandes prazeres solitários e indescritíveis.
Ando às voltas com um Murakami que ganhei de presente de uma amiga querida. Ando me deliciando com seu realismo fantástico, imaginando situações e lugares completamente distantes da realidade em que vivo, no meu mundo real.
Ao meu lado, na mesinha, uma caneca de chá de bergamota e mais uma dúzia de livros, alguns aguardando sua vez na fila, outros começados, esperando que os continue a ler.
Durmo com eles ali, ao meu toque, basta esticar os dedos da mão. Durmo com mundos, imagens, personagens, criaturas imaginadas, pensamentos de outras pessoas, tudo ali, quase tocando minha cabeça.
Eles povoam minha vida, meus dias e minhas noites. Meus sonhos.
E mesmo tendo tantos ao meu lado, mesmo sabendo que tantos outros me esperam para serem lidos, ainda me pego desejando outros, sonhando em comprar outros, tantos mais...
Compulsão? Paixão?
Devoção...eles velam pelo meu sono. Meus livros me acalantam com canções de ninar, acarinham meus cabelos quando preciso de um afago, sopram, sussurram palavras encantadas durante meu sono.
Tantas e tantas vezes tenho falado sobre isso aqui. Tantas e tantas outras tornarei a falar.
Nunca me canso disso. Espero que quem vem aqui, também não se canse de ouvir.
Através dos anos, antes do sono, meus livros são minha forma de oração.
tela de James Whistler
Esses são momentos deliciosos onde me esqueço de mim e de meus problemas, para mergulhar em outros mundos, outras vidas.
Saio literalmente do meu corpo e assumo a vida dos personagens. Imagino, construo outro universo a partir das descrições do autor, consigo sentir cheiros, ver cores, pisar e caminhar onde os personagens caminham.
Às vezes, mesmo com a TV ligada, me desligo totalmente do mundo fora dali, naquela bolha encantada onde estou, folheando página por página, presa naquela teia tecida pelo gênio do escritor.
Ler antes de dormir me acalma, faz meu coração entrar num ritmo, num compasso que não consigo manter durante o dia.
Se chove lá fora, então, é o paraíso. Ler ouvindo a chuva caindo em pródigas gotas, sentir o cheiro de terra e folhagem molhadas, se misturando aos cheiros do papel e da estória, são para mim, uma das delícias de estar viva.
Pequenos grandes prazeres solitários e indescritíveis.
Ando às voltas com um Murakami que ganhei de presente de uma amiga querida. Ando me deliciando com seu realismo fantástico, imaginando situações e lugares completamente distantes da realidade em que vivo, no meu mundo real.
Ao meu lado, na mesinha, uma caneca de chá de bergamota e mais uma dúzia de livros, alguns aguardando sua vez na fila, outros começados, esperando que os continue a ler.
Durmo com eles ali, ao meu toque, basta esticar os dedos da mão. Durmo com mundos, imagens, personagens, criaturas imaginadas, pensamentos de outras pessoas, tudo ali, quase tocando minha cabeça.
Eles povoam minha vida, meus dias e minhas noites. Meus sonhos.
E mesmo tendo tantos ao meu lado, mesmo sabendo que tantos outros me esperam para serem lidos, ainda me pego desejando outros, sonhando em comprar outros, tantos mais...
Compulsão? Paixão?
Devoção...eles velam pelo meu sono. Meus livros me acalantam com canções de ninar, acarinham meus cabelos quando preciso de um afago, sopram, sussurram palavras encantadas durante meu sono.
Tantas e tantas vezes tenho falado sobre isso aqui. Tantas e tantas outras tornarei a falar.
Nunca me canso disso. Espero que quem vem aqui, também não se canse de ouvir.
Através dos anos, antes do sono, meus livros são minha forma de oração.
tela de James Whistler
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Lendo E Aprendendo
Terminei de ler ontem A Ira de Deus, livro magistral do historiador inglês Edward Paice.
Trata-se da estória do terremoto que destruiu Lisboa em 1755. Desde que visitei a cidade, em 2008, me interessei muito por esse tema. Muita gente não sabe desse fato. Eu mesma, antes de ir à Portugal, não sabia.
O terremoto de Lisboa, seguido de uma enorme tsunami, matou entre 30 a 40 mil pessoas, arrasou a cidade e foi sentido em vários países da Europa. Na verdade foram 3 tremores, sendo que o maior deles media entre 8,75 e 9 graus na escala Richter.
Após os tremores, o pouco que restou foi reduzido a cinzas pois o terremoto aconteceu no dia de Todos os Santos, 1º de novembro, quando as igrejas estavam lotadas de fiéis e milhares de velas acesas. Incêndios arderam pela cidade, por uma semana, após os tremores
O terremoto de Lisboa teve um enorme impacto, não só em Portugal, mas em toda a Europa e mudou o pensamento e a religiosidade europeus como nenhum outro desastre natural, pois confrontou a "bondade divina" com o imenso sofrimento das vítimas. A questão da Ira Divina foi debatida por filósofos e teólogos no mundo inteiro e abriu caminho para uma maneira nova de ver o mundo e a religião.
O que também muito me impressionou neste livro foram os relatos sobre as quantidades imensas de riquezas, saídas do Brasil, em navios e mais navios para Lisboa, e, consequentemente para a Inglaterra, que financiava e protegia Portugal de sua vizinha/inimiga, Espanha.
Carregamentos imensos de ouro. Toneladas e mais toneladas de diamantes, açúcar, pau brasil, couro, peles de animais, animais vivos, enfim, todas as nossas riquezas usurpadas e gastas desavergonhadamente em suntuosos palácios com 870 cômodos, como o de Mafra, igrejas riquíssimas, campos de caça para o rei...
Fiquei pensando no tipo tenebroso de colonização do qual nosso país foi objeto e porque somos até hoje, 511 anos depois da descoberta, um país que não se espanta com a corrupção, com as ladroagens, vitimizados, eternamente nesse berço esplêndido em que descansamos comodamente sem ver, ouvir ou falar.
Cúmplices, de cabeça baixa, assistindo à eterna usurpação, covardemente.
Eu amo os portugueses, amo Portugal, até porque seria ridículo ficar culpando os portugueses de hoje pelo que aconteceu há cinco séculos. Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Fatos históricos são passado, devem ser lembrados, mas como história. Da mesma maneira como acho boçais esses resgates de um passado longínquo que, quando em vez surgem nas mídias e nos meios intelectuais, como se as gentes de agora fossem culpadas pelo que aconteceu há séculos atrás...
Aliás, e a propósito, saiu hoje no jornal uma pesquisa que mostra que o DNA dos brasileiros é mais europeu do que índio ou negro. Quem ainda vive sonhando com o "bom selvagem", com o nordestino de ascendência indígena, no resgate do passado em forma de cotas ou terras, está mais do que na hora de repensarmos nossas origens, de pararmos de romantizar nossa ancestralidade. Ou de procurar culpados, pois os culpados já morreram... Somos mestiços sim, e essa pesquisa põe por terra o conceito ultrapassado que alguns ainda teimam em discutir... E essa mistura foi tão bem misturada e mexida que hoje só há um tipo de gente no Brasil. Sejam pardos, negros, mulatos, brancos ou índios, a cor da pele diz muito pouco do que somos e demonstra, mais uma vez o que sempre digo: raça não existe, é um conceito ultrapassado. O que há são brasileiros.
Trata-se da estória do terremoto que destruiu Lisboa em 1755. Desde que visitei a cidade, em 2008, me interessei muito por esse tema. Muita gente não sabe desse fato. Eu mesma, antes de ir à Portugal, não sabia.
O terremoto de Lisboa, seguido de uma enorme tsunami, matou entre 30 a 40 mil pessoas, arrasou a cidade e foi sentido em vários países da Europa. Na verdade foram 3 tremores, sendo que o maior deles media entre 8,75 e 9 graus na escala Richter.
Após os tremores, o pouco que restou foi reduzido a cinzas pois o terremoto aconteceu no dia de Todos os Santos, 1º de novembro, quando as igrejas estavam lotadas de fiéis e milhares de velas acesas. Incêndios arderam pela cidade, por uma semana, após os tremores
O terremoto de Lisboa teve um enorme impacto, não só em Portugal, mas em toda a Europa e mudou o pensamento e a religiosidade europeus como nenhum outro desastre natural, pois confrontou a "bondade divina" com o imenso sofrimento das vítimas. A questão da Ira Divina foi debatida por filósofos e teólogos no mundo inteiro e abriu caminho para uma maneira nova de ver o mundo e a religião.
O que também muito me impressionou neste livro foram os relatos sobre as quantidades imensas de riquezas, saídas do Brasil, em navios e mais navios para Lisboa, e, consequentemente para a Inglaterra, que financiava e protegia Portugal de sua vizinha/inimiga, Espanha.
Carregamentos imensos de ouro. Toneladas e mais toneladas de diamantes, açúcar, pau brasil, couro, peles de animais, animais vivos, enfim, todas as nossas riquezas usurpadas e gastas desavergonhadamente em suntuosos palácios com 870 cômodos, como o de Mafra, igrejas riquíssimas, campos de caça para o rei...
Fiquei pensando no tipo tenebroso de colonização do qual nosso país foi objeto e porque somos até hoje, 511 anos depois da descoberta, um país que não se espanta com a corrupção, com as ladroagens, vitimizados, eternamente nesse berço esplêndido em que descansamos comodamente sem ver, ouvir ou falar.
Cúmplices, de cabeça baixa, assistindo à eterna usurpação, covardemente.
Eu amo os portugueses, amo Portugal, até porque seria ridículo ficar culpando os portugueses de hoje pelo que aconteceu há cinco séculos. Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Fatos históricos são passado, devem ser lembrados, mas como história. Da mesma maneira como acho boçais esses resgates de um passado longínquo que, quando em vez surgem nas mídias e nos meios intelectuais, como se as gentes de agora fossem culpadas pelo que aconteceu há séculos atrás...
Aliás, e a propósito, saiu hoje no jornal uma pesquisa que mostra que o DNA dos brasileiros é mais europeu do que índio ou negro. Quem ainda vive sonhando com o "bom selvagem", com o nordestino de ascendência indígena, no resgate do passado em forma de cotas ou terras, está mais do que na hora de repensarmos nossas origens, de pararmos de romantizar nossa ancestralidade. Ou de procurar culpados, pois os culpados já morreram... Somos mestiços sim, e essa pesquisa põe por terra o conceito ultrapassado que alguns ainda teimam em discutir... E essa mistura foi tão bem misturada e mexida que hoje só há um tipo de gente no Brasil. Sejam pardos, negros, mulatos, brancos ou índios, a cor da pele diz muito pouco do que somos e demonstra, mais uma vez o que sempre digo: raça não existe, é um conceito ultrapassado. O que há são brasileiros.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Pessoal e Intranferível
Hoje, ao responder à Luma, amiga muito querida, que fez um lindo comentário no post anterior, fiquei pensando na razão pela qual tenho tanto ciúme dos meus livros e cheguei à seguinte conclusão: minha relação extremamente pessoal com eles.
Ao ler, escrevo, anoto, sublinho, passo uma linha em volta do que acho importante com o lápis que fica num estojo ao meu lado, na mesinha de cabeceira, pois leio muito antes de dormir. Tenho essa mania desde pequena. Fazer anotações nos meus livros, como se trocasse ideias com eles, confabulasse, tentasse entender ou chegasse à uma conclusão muito minha, acerca do que li.
Isto torna meus livros muito mais do que objetos possuídos por mim. Eles me possuem também, a partir do momento em que escrevo neles minhas ideias e conclusões pessoais.
Ao torná-los uma espécie de diário da minha leitura, eles se tornam pequenos cadernos de viagem onde, tal e qual um navegador anotava nos mapas antigos os caminhos, meridianos, atalhos, também eu, anoto as minhas impressões de "viagem".
Por que, para mim, cada livro é uma viagem, onde, solitariamente, percorro caminhos inimagináveis, surpreendentes, encantadores que, muitas vezes, me levam a descobertas incríveis sobre mim mesma...
Meus livros, e já escrevi sobre isso anteriormente, são como mapas da minha vida. Daqui a alguns anos, quem pegar um dos meus livros para ler, verá minhas anotações, minhas impressões e reflexões, como num diálogo intenso travado pelas páginas afora.
Minha relação com os livros não é puro e simplesmente amor pela leitura e pela literatura, é uma troca, uma confabulação, onde eles expõem seus pontos de vista e eu, de volta, lhes exponho os meus...Concordamos, discordamos, eles respondem, eu pergunto de volta...
Não se trata de loucura...ou talvez seja. Entretanto, é uma loucura boa de sentir porque ela me proporciona um prazer intenso nessa troca, entre mim e eles. Pois, apesar de venerá-los, minha relação com os livros não é cerimoniosa.
Embora eu tenha um imenso respeito por eles, por suas páginas, seus ensinamentos, pela emoção que eles me propiciam, tenho também uma intimidade que só pode ser explicada pela delicada cumplicidade que tenho com meus livros.
Eles são cúmplices e testemunhas do meu crescimento como ser humano, mulher e escritora.
A todos que tem me acompanhado na luta para ter meus livros publicados, deixo aqui, registrada, minha eterna gratidão.
Obrigada pela força, apoio, fé e, sobretudo, pela confiança em mim, mesmo sem terem lido uma única linha deles.
Vocês tem feito mais por mim do que muita gente da minha própria família.
Um dia, hei de agradecer, pessoalmente, a cada um, por não terem deixado que eu esmorecesse, por terem me estendido a mão, por terem acendido a luz quando o breu era total. Em especial, a meus amigos mais íntimos que tanto têm se empenhado em me ajudar.
Não citarei nomes neste post, mas eles sabem quem são.
Vocês, hoje, são a minha família. Fazem tanto por mim e tanto se empenham em ajudar-me, que são cúmplices, também, de meus escrevinhamentos.
Cumplicidade, partilha, amizade. Palavras mágicas escritas, não à lápis, mas com a força do amor, dentro de mim.
Meus beijos e minha gratidão,
Ao ler, escrevo, anoto, sublinho, passo uma linha em volta do que acho importante com o lápis que fica num estojo ao meu lado, na mesinha de cabeceira, pois leio muito antes de dormir. Tenho essa mania desde pequena. Fazer anotações nos meus livros, como se trocasse ideias com eles, confabulasse, tentasse entender ou chegasse à uma conclusão muito minha, acerca do que li.
Isto torna meus livros muito mais do que objetos possuídos por mim. Eles me possuem também, a partir do momento em que escrevo neles minhas ideias e conclusões pessoais.
Ao torná-los uma espécie de diário da minha leitura, eles se tornam pequenos cadernos de viagem onde, tal e qual um navegador anotava nos mapas antigos os caminhos, meridianos, atalhos, também eu, anoto as minhas impressões de "viagem".
Por que, para mim, cada livro é uma viagem, onde, solitariamente, percorro caminhos inimagináveis, surpreendentes, encantadores que, muitas vezes, me levam a descobertas incríveis sobre mim mesma...
Meus livros, e já escrevi sobre isso anteriormente, são como mapas da minha vida. Daqui a alguns anos, quem pegar um dos meus livros para ler, verá minhas anotações, minhas impressões e reflexões, como num diálogo intenso travado pelas páginas afora.
Minha relação com os livros não é puro e simplesmente amor pela leitura e pela literatura, é uma troca, uma confabulação, onde eles expõem seus pontos de vista e eu, de volta, lhes exponho os meus...Concordamos, discordamos, eles respondem, eu pergunto de volta...
Não se trata de loucura...ou talvez seja. Entretanto, é uma loucura boa de sentir porque ela me proporciona um prazer intenso nessa troca, entre mim e eles. Pois, apesar de venerá-los, minha relação com os livros não é cerimoniosa.
Embora eu tenha um imenso respeito por eles, por suas páginas, seus ensinamentos, pela emoção que eles me propiciam, tenho também uma intimidade que só pode ser explicada pela delicada cumplicidade que tenho com meus livros.
Eles são cúmplices e testemunhas do meu crescimento como ser humano, mulher e escritora.
A todos que tem me acompanhado na luta para ter meus livros publicados, deixo aqui, registrada, minha eterna gratidão.
Obrigada pela força, apoio, fé e, sobretudo, pela confiança em mim, mesmo sem terem lido uma única linha deles.
Vocês tem feito mais por mim do que muita gente da minha própria família.
Um dia, hei de agradecer, pessoalmente, a cada um, por não terem deixado que eu esmorecesse, por terem me estendido a mão, por terem acendido a luz quando o breu era total. Em especial, a meus amigos mais íntimos que tanto têm se empenhado em me ajudar.
Não citarei nomes neste post, mas eles sabem quem são.
Vocês, hoje, são a minha família. Fazem tanto por mim e tanto se empenham em ajudar-me, que são cúmplices, também, de meus escrevinhamentos.
Cumplicidade, partilha, amizade. Palavras mágicas escritas, não à lápis, mas com a força do amor, dentro de mim.
Meus beijos e minha gratidão,
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Portas Encantadas - Blogagem Coletiva Por que Eu Gosto de Livros
Menina Lendo - Berthe Morisot
The Misses Vickers - John Singer Sargent
Minhas primeiras leituras, quando pequena, foram nos livros da coleção infanto juvenil O Mundo da Criança.
Minhas primeiras leituras, quando pequena, foram nos livros da coleção infanto juvenil O Mundo da Criança.
Adorava folhear as páginas coloridas, cheias de desenhos lindos com fadas e bichinhos....Quem é da minha geração deve se lembrar dessa coleção, muito popular nos anos 50 e 60, aqui no Brasil.
Nunca mais me esqueci de um versinho que falava dos livros e dizia assim:
Nunca mais me esqueci de um versinho que falava dos livros e dizia assim:
" Os livros penso que são
como portas encantadas
Que nos levam a lindas terras
onde moram anões e fadas".
Pois foi através dessas portas encantadas que viajei, conheci mundos encantados e outros não tão encantados assim, aprendi sobre outras terras, sobre outras pessoas e outras línguas...
Até hoje, cada vez que abro um livro, é como se aquela capa fosse uma porta imaginária, por onde entro e me perco de mim mesma por horas e horas....
Tenho muito ciúme dos meus livros, e não empresto de jeito nenhum, prefiro dar de presente um igual a ter que emprestar o meu.
Se alguém aqui de casa, pega algum livro meu e amassa ou suja alguma página, é briga na certa...
Cada livro que compro ou ganho é folheado com o mais profundo respeito....primeiro, olho as páginas, vejo as fotos, quando as tem, para só então, começar a ler ou guardar para ler depois.
Para mim, livros são objetos sagrados, como se cada um tivesse dentro de si, todo o mistério do mundo, como se cada folha fosse uma oração ao deus da sabedoria.
Nem todos os livros que li foram bons, nem tudo o que li me ensinou alguma coisa, mas todos, sem excessão, me trouxeram ou uma surpresa, ou uma alegria, até mesmo decepção, mas sempre, algum sentimento.
É isso, livros me fazem sentir....quantas vezes chorei lendo um livro....ou quantas ri, me choquei, me surpreendi.
Portas encantadas....meu amor pelos livros, até hoje, me faz entrar nelas e esquecer a vida aqui de fora.
Só os livros tem esse poder, o poder que a imaginação nos proporciona.
Escolhi essas pinturas tão lindas como uma homenagem às mulheres, crianças e jovens que se deixam encantar pelas portas abertas, e, como eu, viajam "pelas terras onde moram anões, fadas" e tantos outros personagens que tornam a vida mais mágica.
Meu amor pelos livros transformou-me de mera leitora à escritora. Minha imaginação, alimentada durante tantos anos com muitos livros, desde os clássicos aos modernos, de ficção, históricos, romances, aventuras, suspenses, me fez sentir que eu podia, que tinha conhecimento e estofo para escrever um romance e um livro de contos.
E, eu sonho, diariamente, com o dia em que meus livros se transformarão, também eles, em portas mágicas para quem os tiver nas mãos, transportando meus leitores à esse reino encantado que só a leitura concede.
Tenho fé e esperança que, um dia, também eu, proporcionarei esse encantamento a quem ler meus escritos, finalmente publicados.
Reedição de post de 31/08/2009.
Meu amor pelos livros transformou-me de mera leitora à escritora. Minha imaginação, alimentada durante tantos anos com muitos livros, desde os clássicos aos modernos, de ficção, históricos, romances, aventuras, suspenses, me fez sentir que eu podia, que tinha conhecimento e estofo para escrever um romance e um livro de contos.
E, eu sonho, diariamente, com o dia em que meus livros se transformarão, também eles, em portas mágicas para quem os tiver nas mãos, transportando meus leitores à esse reino encantado que só a leitura concede.
Tenho fé e esperança que, um dia, também eu, proporcionarei esse encantamento a quem ler meus escritos, finalmente publicados.
Reedição de post de 31/08/2009.
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Um Livro É Bom Se Não Acaba Quando Termina...
Todos sabem que sou uma leitora voraz. Já estou no terceiro livro em 2011.
Acabei de ler As Memórias do Livro de Geraldine Brooks, e fiquei refletindo que um livro, quando é bom, nos faz querer saber mais, pesquisar sobre o que não sabemos, conhecer fatos que foram citados e dos quais nunca ouvimos falar.
Aconteceu isso comigo quando terminei de lê-lo. Fui pesquisar o que foi o Manuscrito de Sarajevo, sua importância histórica e o que havia de verdade na estória, visto que era baseada em fatos reais.
O Hagadá de Sarajevo, o manuscrito do qual o livro trata, é uma obra prima do judaísmo medieval, raríssimo, datado de meados do século XIV. Sua raridade advém do fato de que continha "iluminuras", pinturas feitas em bronze, ouro, prata, lápis lázuli, minérios, com os quais as tintas eram feitas, uma verdadeira jóia de técnica e história, normalmente, encontrados na bíblias cristãs, mas proibidos nos livros judaicos.
Ele foi feito para ser dado como um presente de casamento e após a expulsão dos judeus da Espanha à época da Inquisição, perdeu-se, passou por inúmeros países, por mãos diversas, e acabou indo parar em Sarajevo, que, desde 1565, por ser uma cidade de grande tolerância religiosa, tornou-se morada de milhares de refugiados judeus.
A autora, de uma maneira genial, conta, em ordem cronológica decrescente, tudo o que o livro passou, onde esteve e como foi encontrado. Mistura ficção e fatos reais, com uma imaginação prodigiosa.
O Hagadá de Sarajevo se encontra hoje, em exposição, no Museu Nacional de Sarajevo, na Bósnia.
Se quiser saber mais, encontrará aqui e aqui.
Dito isto, homenageio esse povo perseguido desde que o mundo é mundo.
Eu creio, numa intuição muito minha, que todos os seres humanos têm algum sangue judeu correndo em suas veias. E tenho absoluta certeza de que eu, carrego em meus genes, essa herança.
Minha homenagem aos Pereira, Lobo, Carneiro, Cordeiro, Leão, Rosembaun, Stein, Weiss, Fischer e tantos, tantos outros, que por causa de sua origem foram perseguidos, queimados, mutilados, expulsos. Perderam seus nomes, bens, casas, filhos, vida.
À eles, à nós, dedico esse post.
Shalom!
PS - Os melhores livros que li em minha vida nunca terminaram ao final da última página...permaneceram comigo por muito tempo, mesmo depois de fechá-los....
Acabei de ler As Memórias do Livro de Geraldine Brooks, e fiquei refletindo que um livro, quando é bom, nos faz querer saber mais, pesquisar sobre o que não sabemos, conhecer fatos que foram citados e dos quais nunca ouvimos falar.
Aconteceu isso comigo quando terminei de lê-lo. Fui pesquisar o que foi o Manuscrito de Sarajevo, sua importância histórica e o que havia de verdade na estória, visto que era baseada em fatos reais.
O Hagadá de Sarajevo, o manuscrito do qual o livro trata, é uma obra prima do judaísmo medieval, raríssimo, datado de meados do século XIV. Sua raridade advém do fato de que continha "iluminuras", pinturas feitas em bronze, ouro, prata, lápis lázuli, minérios, com os quais as tintas eram feitas, uma verdadeira jóia de técnica e história, normalmente, encontrados na bíblias cristãs, mas proibidos nos livros judaicos.
Ele foi feito para ser dado como um presente de casamento e após a expulsão dos judeus da Espanha à época da Inquisição, perdeu-se, passou por inúmeros países, por mãos diversas, e acabou indo parar em Sarajevo, que, desde 1565, por ser uma cidade de grande tolerância religiosa, tornou-se morada de milhares de refugiados judeus.
A autora, de uma maneira genial, conta, em ordem cronológica decrescente, tudo o que o livro passou, onde esteve e como foi encontrado. Mistura ficção e fatos reais, com uma imaginação prodigiosa.
O Hagadá de Sarajevo se encontra hoje, em exposição, no Museu Nacional de Sarajevo, na Bósnia.
Se quiser saber mais, encontrará aqui e aqui.
Dito isto, homenageio esse povo perseguido desde que o mundo é mundo.
Eu creio, numa intuição muito minha, que todos os seres humanos têm algum sangue judeu correndo em suas veias. E tenho absoluta certeza de que eu, carrego em meus genes, essa herança.
Minha homenagem aos Pereira, Lobo, Carneiro, Cordeiro, Leão, Rosembaun, Stein, Weiss, Fischer e tantos, tantos outros, que por causa de sua origem foram perseguidos, queimados, mutilados, expulsos. Perderam seus nomes, bens, casas, filhos, vida.
À eles, à nós, dedico esse post.
Shalom!
PS - Os melhores livros que li em minha vida nunca terminaram ao final da última página...permaneceram comigo por muito tempo, mesmo depois de fechá-los....
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
Retrospectiva Literária 2010!
Hoje é dia da Blogagem Coletiva Retrospectiva Literária 2010, proposta pela gracinha da Angélica, do blog Pensamento Tangencial. Não sou nada adepta de questionários, muito menos selinhos, mas achei interessante trocar ideias e impressões sobre os livros que li e que outros leram em 2010.
Os participantes deveriam responder ao seguinte questionário, ao qual ouso acrescentar mais algumas categorias:
RETROSPECTIVA LITERÁRIA 2010
Os participantes deveriam responder ao seguinte questionário, ao qual ouso acrescentar mais algumas categorias:
RETROSPECTIVA LITERÁRIA 2010
- O livro infanto-juvenil que mais gostei: Não li nenhum
- A aventura que me tirou o fôlego: O Tigre Branco- Aravind Adiga
- O terror que me deixou sem dormir: Não li nenhum
- O suspense mais eletrizante: A Sombra do Vento- Carlos Ruiz Zafón
- O romance que me fez suspirar: Um Ano de Milagres- Geraldine Brooks; A Filha do Capitão- José Rodrigues dos Santos
- A saga que me conquistou: Laoway- Sônia Bridi
- O clássico que me marcou: Crime e Castigo I e II- Dostoiéviski
- O livro que me fez refletir: Um Rio Chamado Tempo, Uma Casa Chamada Terra- Mia Couto
- O livro que me fez rir: O Tigre Branco- Aravind Adiga
- O livro que me fez chorar: A Chave de Casa- Tatiana Salem Levy
- O melhor livro de fantasia: O Fio das Missangas- Mia Couto; Milagrário Pessoal- José Eduardo Agualusa
- O livro que me decepcionou: O Clube do Filme- David Gilmour; Eu Sou o Mensageiro- Marcus Zuzak
- O(a) personagem do ano: Mariano ( avô)- Um Rio Chamado Tempo, Uma Casa Chamada Terra- Mia Couto
- O(a) autor(a) revelação: Mia Couto; Tatiana Salem Levy; Agualusa; José R. dos Santos
- O melhor livro nacional: O Príncipe Maldito- Mary Del Priore; A Chave de Casa- Tatiana Salem Levy
- O melhor livro que li em 2010: A Sombra do Vento- Carlos Ruiz Zafón
- O melhor livro de poesias: Em Alguma Parte Alguma- Ferreira Gullar
- O melhor livro/romance histórico: A Filha do Capitão- José Rodrigues dos Santos; Um Ano de Milagres- Geraldine Brooks; A Sombra do Vento- Carlos Ruiz Zafón
- A lista dos livros que li em 2010 não parou por aqui, pois li muito no ano que passou. Li alguns maravilhosos livros, outros bons, outros péssimos, outros mais ou menos... Mas tudo é gosto pessoal, não sou crítica literária. Isso é só uma brincadeira.
- Mas tudo o que li, de bom ou ruim contribuiu para meu arquivo pessoal: dos bons tirei aprendizados, dos ruins também. Com tudo se aprende nessa vida.
- Adorei ter lido tanto e ter acrescentado um enorme manancial de conhecimentos às minhas gavetinhas da memória. Sou grata a todos os autores que li, a todos os que escrevem, a todos os que tiveram a coragem de lançar seus escritos, pois isso significa coragem pessoal, romper barreiras, superar obstáculos. Minha homenagem a todos os escritores e aos que sonham, um dia, em sê-lo.
- Obrigada Angélica, pela oportunidade de brincar falando do que mais gosto: livros e suas leituras.
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