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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Uma Coisa Inexplicável...


Foto Rosa M. Gouveia


" O que será que me dá
Que me bole por dentro
Será que me dá
E que me sobe às faces
E me faz corar..."

                           Trecho da música À Flor da Pele (O Que Será), de Chico Buarque

Sinceramente, não sei o que me dá quando entra Setembro.
Sinto uma alegria tamanha, que nem sei explicar. Só sei sentir.
Sinto no ar, uma coisa diferente, como se houvesse lá dentro de mim, um renascer.
É o mês de meu nascimento, mas mais que isso, é o mês que representa o novo, o que está latente e desejoso por nascer, por brotar e florescer.

Aqui, no hemisfério sul, e principalmente num país tropical como o nosso, as estações não são definidas como na Europa ou no norte do planeta, mas algo inexplicável acontece comigo.
Parece que pressinto que coisas boas acontecerão, que minha vida está mais leve, mais bonita, mais cheia de alegria e prazer.

Pode até não ser assim, na verdade, mas sinto como se fosse.
Será que o mês exerce uma espécie de magia sobre mim? Será que a primavera chegando traz consigo essa espécie de sortilégio e me toca com sua varinha invisível?

Sinto uma espécie de alegria incontrolável, uma esperança desmedida, como se não coubesse em mim mesma e quisesse voar por aí, espalhando essa minha alegria , como pétalas cor de rosa pelos caminhos dos outros mortais.

Queria poder sussurrar-lhes ao ouvido: Esperança!
Queria poder dar a cada pessoa que cruzasse o meu caminho uma flor, um beijo, um abraço, um aperto de mão. Um sorriso. E ao olhar para cada um, meu olhar falasse por mim: Não desista, continue!

O que será que me dá quando setembro chega?
Não sei. Só sei sentir.